Estudos no campo das finanças comportamentais e da psicologia econômica¹ sugerem que o brasileiro médio não possui uma relação sustentável com o dinheiro. Geralmente, suas decisões de consumo e investimento são determinadas mais pelas respostas a desejos, conscientes ou não, e menos por decisões racionais sobre quanto consumir ou poupar, a fim de garantir estabilidade do poder de compra futuro.

Esta deficiência no planejamento financeiro não deve ser associada apenas à baixa escolaridade média da população, já que também se observa este “comportamento de risco” em relação às finanças em substratos mais favorecidos, onde a escolaridade é maior. Assim, sugere-se que, mais do que um eventual conhecimento parcial sobre o tema, exista uma dificuldade cultural de lidar com o dinheiro e pôr em prática a tarefa de preparar-se para o futuro. Os motivos que levam a este quadro podem ser classificados como evolutivos, históricos e sociais.

Para planejar corretamente as finanças de um indivíduo ou família, deve-se entender corretamente o conjunto de compromissos que lhes serão exigidos ao longo da vida, o que convencionaremos chamar de “passivos” neste estudo. Da mesma forma, é necessário conhecer o montante de recursos que estão ou estarão disponíveis para fazer frente a tais passivos. Através do cálculo deste balanço, que corresponde ao valor presente de todas as riquezas e compromissos de um indivíduo ou família, o poupador pode estimar a probabilidade de atingimento de suas metas financeiras, servindo de termômetro de sua saúde financeira. Adicionalmente, o cálculo é útil para sinalizar a necessidade de aumento do nível de poupança ou, ao contrário, a possibilidade de antecipar ou aumentar gastos com itens menos urgentes.

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